sábado, 11 de setembro de 2010

Geografia de São Paulo

por Fabiano Sirino




A Geografia de São Paulo é um domínio de estudos e conhecimentos sobre as características geográficas do território paulista. O estado de São Paulo ocupa uma área de 248.209,4 km², estendendo-se do litoral ao interior e dois terços de seu território ficam acima do Trópico de Capricórnio.

No Brasil, o estado faz parte da região Sudeste, fazendo fronteiras com os estados de Minas Gerais ao norte, Paraná ao sul, Mato Grosso do Sul a oeste e Rio de Janeiro a nordeste. É banhado pelo oceano Atlântico.

Relevo



Pico do Jaraguá, um dos pontos mais altos do estado, em São Paulo.

O ponto mais alto do estado é a montanha Pedra da Mina, com 2.798,39 metros de altura. O estado de São Paulo está situado sobre um amplo planalto, com cerca de 600 km de extensão no sentido sudeste-noroeste. A transição entre o planalto e a planície se faz por uma escarpa abrupta, a serra do Mar, com altitude entre 800 e 1.100m.

A Planície Litorânea, a nordeste de Santos, estreita-se entre o mar e as escarpas da serra do Mar, que em alguns locais cai diretamente sobre o oceano. Em consequência, é cortada por conjunto de canais que forma verdadeiro labirinto em torno das ilhas de Santo Amaro e São Vicente.

A Serra do Mar, forma uma faixa de terrenos acidentados, interposta entre a planície e o planalto. De Santos até o limite com o estado do Rio de Janeiro, apresenta-se uma escarpa contínua, formando majestoso paredão que desce quase verticalmente da beira do planalto sobre a planície litorânea ou sobre o mar. De Santos até a divisa com o estado do Paraná, transforma-se numa sucessão de estreitos vales e cristas montanhosas, resultantes do trabalho de erosão do rio Ribeira do Iguape.

O Clima





Campos do Jordão, um dos municípios mais frios do Brasil.

Seu clima varia entre tropical (na região norte do estado), tropical de altitude (em boa parte do centro do estado e no Vale do Paraíba) e subtropical (no Planalto Paulista e na região sul do estado,onde a mínima absoluta no estado em Campos do Jordão foi de-7,3°C em 1 de junho de 1979). As temperaturas médias anuais são superiores a 20°C e a pluviosidade excede 2.000mm.

O clima tropical, subúmido com chuvas de verão e invernos secos, caracteriza a maior parte do planalto ocidental.

Os demais tipos climáticos do estado, são todos variantes do clima tropical de altitude e se registram nas porções mais elevadas do estado, isto é, na maior parte do planalto. O tipo mesotérmico com verões quentes e chuvas bem distribuídas durante o ano, aparece a sudeste e a leste do planalto. A temperatura média anual oscila entre 18°C e 20°C, e a pluviosidade, entre 1.250mm e 2.000mm.

A Vegetação



Os campos cerrados ocorrem no estado de São Paulo. Na fotografia, o mapa de satélite do Brasil mostrando o cerrado em destaque.

Pouco resta atualmente da primitiva cobertura vegetal do estado de São Paulo. A abertura de campos de cultivo, a formação de paisagens artificiais e o uso da madeira como combustível ou como matéria-prima levaram a uma quase completa destruição das florestas paulistas. Essa cobertura florestal revestia outrora cerca de 82% da área estadual; atualmente subsistem florestas em áreas impróprias para pastagens e culturas (como nas encostas íngremes das serras do Mar e da Mantiqueira). Nessas áreas, onde se fez sentir com menos intensidade a interferência humana, ainda é possível observar as características originais da floresta e reconhecer a marca de sua diferenciação regional. Ao longo da costa e no rebordo do planalto, graças à elevada pluviosidade, a floresta se apresentava como uma mata densa, perene e muito rica em epífitas e lianas.

No interior do planalto, a umidade mais reduzida resultava no desenvolvimento de uma mata semidecídua, onde contrastavam as formações desenvolvidas em solos de arenito com as formações mais exuberantes, dos solos de terra roxa. Nos trechos mais elevados da Mantiqueira e da Bocaina, a floresta assumia caráter mais subtropical, assinalado pela presença do pinheiro-do-paraná (araucária). A mata de pinheiros aparecia, também, em manchas dispersas no leste do estado, das quais a maior situava-se nas proximidades de Botucatu.

A Hidrografia






O rio Tietê percorre todo o território paulista ao longo de seu percurso, de sudeste a noroeste.

Os principais rios são: Tietê, Paraná, Paranapanema, Grande, Turvo, do Peixe, Paraíba do Sul, Piracicaba, Pardo, Moji-Guaçu, Jacaré-Pepira e Jacaré-Guaçu. Um dos principais rios que atravessa o estado, o Tietê, faz parte da Bacia Tietê-Paraná. O Tietê é conhecido mais por sua poluição ambiental, mas é um dos mais economicamente importantes.

A rede de drenagem de São Paulo pertence quase integralmente à bacia do rio Paraná. Apenas uma estreira faixa de terras, na qual se incluem a baixada litorânea e uma pequena parte do planalto cristalino, corre para a vertente atlântica. Os rios da bacia do Paraná abrangem o próprio rio Paraná, que forma a divisa de São Paulo com Mato Grosso do Sul, e seus afluentes da margem esquerda — o Paranapanema (na divisa com o estado do Paraná), o Peixe, o Aguapeí e o Tietê, além do Grande, formador do Paraná. Os rios Paranapanema e Tietê têm suas nascentes junto à serra do Mar e atravessam os três compartimentos do planalto antes de alcançarem o Paraná.

Apenas dois rios desse grupo alcançam maior extensão, penetrando com suas cabeçeiras no seio do planalto cristalino; são eles o Ribeira de Iguape e o Paraíba do Sul. Este último corre em direção ao nordeste e penetra no estado do Rio de Janeiro, onde se situa a maior parte de seu curso.

Predomina no estado o regime tropical: os rios enchem no verão e reduzem sua descarga no inverno, período de estiagem. No planalto, a construção de numerosas barragens para a produção de energia elétrica tem contribuído para a regularização das descargas fluviais, melhorando inclusive as condições de navegabilidade da alta bacia do Paraná.

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